quarta-feira, 15 de abril de 2015

A falsa modernidade da terceirização

                                                                  Juremir Machado da Silva


Os defensores da terceirização – leia-se pejotização do trabalho – tem um único argumento: a modernidade.

Sempre que ser moderno é usado como argumento para alguma alteração legal é certo que haverá retrocesso.

Modernizar é o fetiche dos antigos.

Houve uma época em que ser moderno era privatizar.

Moderno era o Estado mínimo.

Moderno era aceitar condições de trabalho precárias.

Moderno é andar na corda bamba sem rede.

Moderno é correr todos os riscos enquanto o capital foge para portos seguros.

A terceirização vai transformar cada empregado em Pessoa Jurídica.

O Brasil será um imenso celeiro de PJs de fachada.

Empresas de papel.

O objetivo é um só: acabar (flexibilizar) com a CLT.

Quem pode ganhar? Os empresários.

Quando se fala em ganho de competitividade com flexibilização das garantias trabalhistas, significa ferrar a plebe.

O pessoal está vendendo a ideia de que a pessoa será empregada de uma empresa que prestará serviços a outras.

Mas, repito, cada um será empregado de uma ficção, sua empresinha, a serviço de um empresa de verdade.

Todos serão prestadores de serviço.

Para alguns, será um ganho.

Para a maioria, haverá perdas.

A modernidade é o instrumento de tortura do capitalismo pós-moderno para adestrar os trabalhadores insubmissos.


Fonte: Blog Juremir/ Correio do Povo

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