Em pronunciamento nesta sexta-feira (18), o
senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou que o governo federal não
assuma para si a responsabilidade pelas paralisações de professores em
várias cidades. Também defendeu a federalização da educação e criticou a
tentativa dos governos estaduais e federal de reduzir o reajuste do
piso dos professores previsto para o próximo ano.
Na avaliação do parlamentar, mais do que
uma luta pelos direitos dos educadores, as greves dos professores são
resultado também do abandono da educação.
- Não é possível que o governo federal
continue tratando as greves em cada estado, em cada cidade como uma
coisa do prefeito e do governador. As greves de professores são uma
questão nacional, que diz respeito ao futuro. Eu não vi um
pronunciamento da presidente Dilma ou do ministro da educação sobre isso
– disse.
Além de ignorar o problema das greves,
Cristovam afirma que o governo federal negocia com os governadores dos
26 estados e do Distrito Federal a possibilidade de barrar o aumento de
19% no salário dos professores da rede pública, previsto para 2014. De
acordo com o senador, os governadores alegam dificuldades para pagar o
aumento salarial previsto na lei que criou o piso nacional dos
professores e propõem ao governo uma mudança no cálculo que, na prática,
equivaleria a um reajuste de 7%.
- Os governadores estão trabalhando junto
ao Ministério da Educação para trazer aqui uma lei, quem sabe uma medida
provisória, rejeitando a lei que assegura o aumento para 1.900 [reais] e
colocando o aumento em torno de 1.700 [ reais]. Vão roubar 200 reais
por mês de cada professor que ganha o piso. Repito: Vão roubar porque é
um direito adquirido por lei – criticou.
Federalização
Cristovam voltou a defender a
federalização da educação básica como saída para garantir mais recursos
para o setor. Para isso, o senador pediu a aprovação da Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 32/2013,
de sua autoria, que prevê uma carreira nacional para os trabalhadores
da educação básica pública e garantia de obras, equipamentos e
assistência.
- Quando é preciso exonerar impostos para
vender mais produtos, tem como. Por que é que quando é preciso mais
dinheiro para pagar salário dos professores não se tem e não se encontra
de onde? – questionou.
Agencia Senado
Fonte: Blog 20º Núcleo CPERS/Sindicato
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