Número de alunos que entraram em cursos de Licenciatura e Pedagogia caiu 7,5% de 2006 a 2011
O drama é nacional. Os números assustam.
A questão docente não é uma preocupação apenas do Estado de São
Paulo, mas um drama vivido em todo o País. Estimativa recente aponta
déficit de 170 mil professores de Matemática, Física e Química. Mas
estatísticas do Ministério da Educação (MEC) revelam uma situação ainda
mais grave: o número de interessados em ser professor está caindo a cada
ano, o que torna mais difícil suprir as demandas.
De 2006 a 2011, o número de alunos que entraram em Licenciatura e
Pedagogia caiu 7,5%. Em 2011, último ano em que os dados estão
disponíveis, foi registrado o menor volume de pessoas que ingressaram
nesses cursos desde 2004. Foram 662 mil matriculados em cursos
presenciais e na modalidade a distância em todo País.
O total de diplomados interrompeu crescimento registrado entre 2000 e
2009. Desde então, já apresentou queda de 11%. Em 2011, 358 mil pessoas
formaram-se em Licenciatura ou Pedagogia, formação padrão para atuação
na educação básica (do ensino infantil ao médio). Apesar de
desaceleração no ritmo de formação, o número de professores no País tem
aumentado nos últimos três anos.
Em 2012, existiam 2,1 milhões de docentes de educação básica.
A superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação
(Cenpec), Anna Helena Altenfelder, lembra de pesquisa recente da
Fundação Carlos Chagas (FCC) que mostra que os jovens não querem ser
professores. "O estudante do ensino médio respeita o professor, mas diz
‘eu não quero’, porque ele vê a dificuldade e a vida dos docentes",
afirma. "Há uma questão da precarização da atividade: do salário,
progressão na carreira à valorização social do magistério."
Perfil.
Com esse contexto negativo, a carreira docente não tem atraído, em
geral, os alunos com melhor desempenho no ensino médio. "O Estado de São
Paulo, por exemplo, tem 98% de seus professores formados nas
instituições privadas, que em geral têm as piores condições, professores
menos qualificados e formam mal o aluno", diz o professor de Educação
da USP Romualdo Portella.
Dados de levantamento da FCC revelam que 39,2% dos professores do
País são de famílias de baixa renda (de até 3 salários). Além disso,
45,6% dos professores têm mães com nenhuma escolaridade ou que cursaram
apenas até a 4.ª série.
Informações de " O Estado de São Paulo"
Fonte: CPP
OPINIÃO DO BLOG
Não respeitar a educação tem seu preço. E, é alto!
Enquanto tivermos governos demagogos, incompetentes, o quadro descrito acima só piora...
Mas, no ano que vem a educação volta a ser prioridade... Nos palanques eleitorais.
No entanto, falam que querem valorizar os educadores.
Como? Corrigindo o Piso Nacional pelo INPC? Até parece piada...
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