Cpers não dará trégua
Cpers não dará trégua ao governador Tarso Genro
Greve de três dias termina com indício de novas paralisações dos professores no Estado
A greve de
três dias dos professores da rede pública estadual de ensino de todo o
País se encerrou nesta quinta-feira. No Estado, o Cpers/Sindicato e a
Secretaria Estadual da Educação (Seduc) divergem sobre a quantidade de
escolas que aderiu ao movimento. Enquanto o sindicato aponta 80%, o
governo garante que foi a metade deste percentual. Rejane de Oliveira,
presidente do Cpers, avisa que a categoria “não dará trégua” ao
governador Tarso Genro nos próximos meses. Ela não descarta novas
paralisações se o piso nacional não for pago no Estado.
“Nosso
aviso está dado. Esses três dias de paralisação demonstram que estamos
dispostos a lutar por melhores condições de trabalho. No primeiro dia da
greve, cinco mil professores se mobilizaram no protesto em frente ao
Palácio Piratini e 80% das escolas fecharam”, avalia Rejane. Segundo
ela, na quarta-feira, em Brasília, após a marcha nacional da categoria,
com 30 mil pessoas, os representantes do Cpers/Sindicato se reuniram com
integrantes do Ministério da Educação. “O governo federal não vai fazer
nada para que o Estado pague o piso nacional. O Tarso, quando era
ministro da Justiça, assinou a lei do piso, que só serviu como
propaganda para a campanha do Lula. De que adianta legislação só no
papel?”, argumenta.
A
categoria realizou uma vigília na Praça da Matriz, na Capital,
encerrando a greve de três dias nesta quinta-feira. Também foram
organizadas plenárias em todo o Estado para debater os próximos
movimentos do sindicato.
O
levantamento feito pela Seduc sobre a paralisação do magistério indica
que das 2.550 escolas pesquisadas (do universo de 2.574), apenas 20%
interromperam totalmente as atividades, como a Escola Venezuela, na
Capital, e 25% parcialmente. O percentual representa a estimativa de 29
Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
Maria
Eulália Nascimento, secretária-adjunta da pasta, informou que a Seduc
recebeu ao final da tarde desta quinta-feira um pedido do
Cpers/Sindicato para que seja realizada uma audiência com o secretário.
“De nossa parte nós vamos participar deste encontro. Só falta marcar a
data, pois para esta sexta-feira fica inviável. Eu e o secretário já
tínhamos compromissos marcados”, explica. A Seduc não chegou a pesquisar
quantos alunos ficaram sem aula no período da paralisação.
Fonte: profemarli.comunidades.net (com modificações)
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