sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cpers não dará trégua


Cpers não dará trégua ao governador Tarso Genro 

Greve de três dias termina com indício de novas paralisações dos professores no Estado

 

 A greve de três dias dos professores da rede pública estadual de ensino de todo o País se encerrou nesta quinta-feira. No Estado, o Cpers/Sindicato e a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) divergem sobre a quantidade de escolas que aderiu ao movimento. Enquanto o sindicato aponta 80%, o governo garante que foi a metade deste percentual. Rejane de Oliveira, presidente do Cpers, avisa que a categoria “não dará trégua” ao governador Tarso Genro nos próximos meses. Ela não descarta novas paralisações se o piso nacional não for pago no Estado.

“Nosso aviso está dado. Esses três dias de paralisação demonstram que estamos dispostos a lutar por melhores condições de trabalho. No primeiro dia da greve, cinco mil professores se mobilizaram no protesto em frente ao Palácio Piratini e 80% das escolas fecharam”, avalia Rejane. Segundo ela, na quarta-feira, em Brasília, após a marcha nacional da categoria, com 30 mil pessoas, os representantes do Cpers/Sindicato se reuniram com integrantes do Ministério da Educação. “O governo federal não vai fazer nada para que o Estado pague o piso nacional. O Tarso, quando era ministro da Justiça, assinou a lei do piso, que só serviu como propaganda para a campanha do Lula. De que adianta legislação só no papel?”, argumenta.

A categoria realizou uma vigília na Praça da Matriz, na Capital, encerrando a greve de três dias nesta quinta-feira. Também foram organizadas plenárias em todo o Estado para debater os próximos movimentos do sindicato. 

O levantamento feito pela Seduc sobre a paralisação do magistério indica que das 2.550 escolas pesquisadas (do universo de 2.574), apenas 20% interromperam totalmente as atividades, como a Escola Venezuela, na Capital, e 25% parcialmente. O percentual representa a estimativa de 29 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). 

Maria Eulália Nascimento, secretária-adjunta da pasta, informou que a Seduc recebeu ao final da tarde desta quinta-feira um pedido do Cpers/Sindicato para que seja realizada uma audiência com o secretário. “De nossa parte nós vamos participar deste encontro. Só falta marcar a data, pois para esta sexta-feira fica inviável. Eu e o secretário já tínhamos compromissos marcados”, explica. A Seduc não chegou a pesquisar quantos alunos ficaram sem aula no período da paralisação. 

Fonte: profemarli.comunidades.net (com modificações) 

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