segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mortes de crianças em escolas gaúchas alertam pais e educadores

05/08/2012 - 17h15min
Duas tragédias no Rio Grande do Sul, em menos de três meses, envolvendo alunos durante aula de educação física, comoveram duas cidades gaúchas e acenderam o alerta para pais e educadores.

Na última quinta-feira, 2, um menino de oito anos morreu após ser atingido por uma trave, em Ernestina, no Norte do estado. Em maio, outro menino de oito anos perdeu a vida da mesma forma, em uma escola de São Pedro do Butiá, no Noroeste.




Na rede estadual de ensino, os problemas na estrutura são preocupantes. Segundo a Secretaria Estadual da Educação, pelo menos metade das escolas estaduais não oferece condições ideais para atividades esportivas, e admite ter dificuldade para atender as demandas de todas as escolas.

Na região Celeiro, uma escola localizada na zona rural tem mais de 50 anos e ainda não dispõe de uma quadra poliesportiva. “Além da falta de proteção contra a chuva e o frio, o campo de chão batido expõe os alunos a acidentes e machucados. Toda vez que chove, os alunos ficam dias sem praticar educação física”, ressalta o diretor.




Também na região Celeiro, cinco postes de concreto da quadra de esportes de uma escola estão com os ferros expostos e seriamente comprometidos. “Tenho uma filha estudando lá e a gente teme pelo pior”, diz um pai de aluno. Conforme o diretor do educandário, já foi manifestado sua preocupação junto à 21ª CRE de Três Passos, sendo orientado a aguardar a liberação de recursos que deverá acontecer no final deste ano. As duas escolas estaduais estão entre as doze escolas da região incluídas no Plano de Necessidades de Obras – PNO da Secretaria Estadual de Educação.

A repetição de acidentes nas mesmas circunstâncias e com mortes trágicas causa preocupação também à polícia. Para a Federação das Associações de Pais e Mestres, a fiscalização do espaço escolar dever ser responsabilidade de todos, inclusive da escola e da própria comunidade.




Top Educação/Fotos: Portal Top Educação
Por Julio Cesar Pires de Jesus, Professor Estadual.
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