terça-feira, 7 de agosto de 2012

Criação de empregos perde o fôlego no País


São Paulo – As empresas seguem ampliando o quadro  de funcionários, mas o ritmo de criação de vagas perdeu fôlego e hoje é o mesmo do início da turbulência global em 2008. Foram geradas 858 mil novas vagas no primeiro semestre, 407 mil a menos comparado igual período de 2011, quando foram criados 1,265 milhão de postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho.

Descontando-se efeitos sazonais, o saldo entre admissões e demissões foi de 68 mil, segundo cálculos feitos pelo Bradesco. O patamar é similar aos 65 mil de novembro de 2008 e quase metade da média mensal de 115 mil vagas criadas no início do governo Lula, em janeiro de 2003. “A desaceleração começa a ter impacto no mercado de trabalho”, diz Caio Machado, economista da LCA Consultores. “O emprego não foi atingido na mesma proporção pela crise, mas não se gera mais tantas vagas”, acrescenta Clemente Ganz Lúcio, diretor do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese).

Até agora, o mercado de trabalho parecia “blindado” contra a crise, graças ao crescimento da renda e ao bom desempenho das vendas no varejo. Com o recrudescimento da crise na Europa, a desaceleração na China, a queda dos investimentos e a inadimplência no Brasil, a confiança dos empresários foi abalada, reduzindo as contratações. (AE)

Fonte: Jornal Gazeta do Sul

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