quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tribunal escolhe novo juiz para atuar no caso Cachoeira

Débora Zampier, Agência Brasil - 19/06/2012 - 23h05
Brasília – A ação penal contra o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e outros denunciados pela Operação Monte Carlo já tem novo magistrado responsável. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) anunciou nesta noite que o juiz federal Alderico Rocha Santos, atual titular da 5ª Vara Federal, conduzirá o caso, mas sem deixar seu posto de origem.

A medida foi tomada pelo presidente do TRF1, desembargador Mário César Ribeiro, depois que o juiz substituto Paulo Moreira Lima pediu afastamento da 11ª Vara Federal em Goiás, onde corre o processo contra Cachoeira. Moreira Lima alegou sofrer ameaças de pessoas ligadas ao empresário e também disse que ficou desmotivado com a falta de apoio de colegas sobre a validade das provas colhidas no processo.

Com a saída de Moreira Lima, o juiz titular da 11ª Vara, Leão Aparecido Alves, que deveria assumir o caso, declarou-se suspeito e alegou foro íntimo para não julgar a ação. Segundo o Conselho Nacional de Justiça, Leão recebeu ligação de um dos suspeitos de integrar a quadrilha liderada por Cachoeira.

Alderico Santos já atua na área criminal. Um de seus feitos mais lembrados é de 2002, quando mandou prender o hoje senador Jader Barbalho (PMDB-PA) por fraudes contra a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Na época, o juiz pertencia à Justiça Federal em Tocantins e foi criticado pelo desembargador Fernando Tourinho Neto, do TRF1, que mandou soltar Barbalho. Hoje, Tourinho é relator de todos os recursos sobre o caso Cachoeira que chegam ao tribunal.

Edição: Fábio Massalli
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-19/tribunal-escolhe-novo-juiz-para-atuar-no-caso-cachoeira

"Latifundiários brasiguaios querem derrubar Lugo"
Martín Almada, o mais importante representante do movimento dos direitos humanos paraguaio, afirma que grandes produtores de soja estão interessados em desestabilizar o governo de Fernando Lugo. "Eles querem que Lugo caia. O latifúndio e os grandes produtores de soja brasileiros estão muito interessados em que Lugo não possa chegar a 2013, quando deve acabar seu mandato", disse Almada por telefone à Carta Maior, falando desde Assunção. A reportagem é de Dario Pignotti.

Dario Pignotti - Especial para Carta Maior

“Esta matança de campesinos aconteceu como resultado de um processo de violência policial instigado pelos latifundiários descontentes com o presidente Lugo, ele não é querido pela direita e pelos grandes produtores brasileiros. Latifundiários brasileiros como Tranquilo Favero, o produtor de soja mais rico de Paraguai, estão interessados em desestabilizar o governo, eles querem que Lugo caia” declarou Martín Almada, o mais importante representante do movimento dos direitos humanos paraguaio.

Onze campesinos sem terra foram assassinados na sexta-feira passada em uma fazenda próxima à fronteira com o Brasil, onde está aumentando a tensão em paralelo às reivindicações e ações diretas pela reforma agrária. O enfrentamento entre policiais e lavradores deixou sete agentes mortos, entre eles os chefes do Grupo de Operações Especiais, uma espécie de BOPE paraguaio, só que sua tarefa não é reprimir favelados como no Rio de Janeiro, mas os peões rurais que, depois que Lugo chegou ao governo, em 2008, aumentaram seu nível de organização e decisão de luta, depois de décadas de submissão diante do jugo da ditadura de Alfredo Stroessner.
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Mais em http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20388
Por Sergio Weber, Professor Estadual.

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