sexta-feira, 18 de maio de 2012

Grécia


Clientes retiram em dois dias até 1,2 bilhão de euros dos bancos

Uma corrida aos bancos nos últimos dias provocou o saque de mais de um bilhão de euros em dinheiro
18 de maio de 2012 

O aprofundamento da crise grega com a ameaça da saída da economia do País da zona do euro, os gregos estão correndo aos bancos para fugir do prejuízo.

Desde a segunda-feira, dia 14, foram retirados dos bancos pelos clientes entre 700 milhões de euros e 1,2 bilhões de euros em dinheiro.

Os gregos já estão tirando dinheiro dos bancos gregos há mais tempo, desde 2009 já foram retirados 60 bilhões de euros, mas os resultados dos últimos dois dias impressionaram pelo volume sacado. Isto está provocando uma crise crescente de capitalização dos bancos o que agrava ainda mais a crise econômica.

Estes dados foram obtidos por meio das transcrições da reunião entre o presidente grego e os líderes dos partidos acerca do governo de coalizão. 

Segundo o presidente, Karoulos Papoulias, "Provopoulos (presidente do banco central grego), me disse que não se tratava de pânico, mas de grande medo que poderia evoluir para pânico" (EFE, 16/5/2012). O acompanhamento dos saques feitos aos bancos é sistemático, em uma das transcrições é dito por Papoulias, “quando eu liguei, às 16h, as retiradas excediam 600 milhões de euros e atingiriam 700 milhões de euros. Ele esperava saques totais da ordem de 800 milhões" (idem).

Há outras fontes, como o jornal britânico, Financial Times que indicaram saques de 1,2 bilhão de euros. Estes saques correspondem a 0,75% dos depósitos do País.
Isto está provocando uma descapitalização dos bancos e está tirando investidores estrangeiros do País. Os investidores estão fugindo principalmente dos bancos que não estão recebendo subsídios do governo.

Futuro indefinido

A reunião para criar o governo de coalizão foi um fracasso. O líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, o Partido Socialista (Pasok), Evangelos Venizelos, e Alexis Tsipras, da Coalizão Esquerda Radical (Siriza), não chegaram a um acordo. Um novo pleito foi marcado para 17 de junho.

Este quadro agrava ainda mais a situação da economia grega que está à beira de dissolução podendo arrastar consigo outros países europeus.

Fonte: Causa Operária on line 

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